Regeneração
domingo, 11 de agosto de 2019
Muitos pais que o Pai nos deu
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Reflexões sobre o sucesso
Reflexões sobre o sucesso
O sucesso independe do ouro ou da prata. Mas depende do quão vocacionado e determinado o indivíduo está. O cume mais distante e íngreme, como meta, é seu marco final ou talvez a mola propulsora para um pico mais alto. Sucesso é o estado de espírito, que dá ao indivíduo o antídoto e motivação para ir além.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
Doutrinação silenciosa
quarta-feira, 23 de março de 2016
O EQUIVOCO DO LIVRE ARBÍTRIO
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
INSTRUMENTO DE CURA
Toda ação pressupõe uma reação, não existe efeito sem causa, isso tudo é fato, Lei natural, uma Lei de Deus. Não há, aos olhos do Divino criador, soberanamente bom e justo, algo que ocorra sem um propósito. A doença tem uma finalidade, um objetivo, um mecanismo que por hora ainda não compreendemos em sua totalidade; o de fortalecer o espírito e curá-lo verdadeiramente.
Chagas sobre o corpo, células cancerígenas crescendo sem um mecanismo de limitação, gangrena extirpando membros, novos vírus causando terror e medo, situações que nos parecem contraditórias frente aos avanços grandiosos da medicina. Mal debelamos algumas doenças do plano terrestre e logo surgem outras. Novas medicações prometem a cura de determinadas patologias, maquiando efeitos colaterais que provocam outras, muitas vezes mais debilitantes. É muito claro quando interrompemos o ciclo de uma doença e ela se manifesta de outra forma, com outra denominação e mudamos o seu nome. Nos chocamos ao ver um corpo debilitado, consumido por algo que muitas vezes foge ao nosso controle. Na verdade não temos este controle, desta forma onde ele está? Qual o objetivo da doença? Por que não conseguimos acabar com certas patologias teoricamente simples, frente aos avanços tecnológicos, que evoluiu mais nos últimos cem anos, do que em toda nossa existência na Terra?
Sem o propósito de parecer conformista. A doença que afeta o corpo tem um propósito, e este propósito nos parece muito claro quando reconhecemos neste remédio, algo de benéfico para nossos espíritos imortais. Neste momento transitório no qual o planeta está inserido, as provas e expiações dão lugar a um tempo de regeneração, assim, há muito para refletirmos. Nós, entidades espirituais, encarnados neste planeta, estamos doentes, e este estado momentâneo de doença é algo passageiro. O Pai não nos criou doentes, pois sua obra é perfeita, e esta perfeição é um estado a ser reconquistado. Estamos doentes e esta condição é conseqüência de nossos atos, geralmente agressivos contra nós mesmos. Nossos corpos, portanto, nestes anos e anos de evolução, possui a grandiosa importância de ser o instrumento sanador do espírito doente. Compreender que nosso estado momentâneo de dor; reação, é fruto de algo inconseqüente e impensado; ação. Nos faz repensar muitas coisas, tudo o que colhemos é fruto de algo relacionado ao nosso passado. Desta forma outra reflexão nos parece plausível. Ao teoricamente curarmos uma chaga, retirando do corpo um instrumento de tratamento para o espírito, não estaremos protelando a verdadeira cura para o futuro? E talvez algo ainda pior, agravando ainda mais o problema? É óbvio que como médicos, temos um papel a cumprir, não de curadores, pois isto é muito claro, nós não curamos ninguém, somos apenas um instrumento que se bem utilizado, pode favorecer a compreensão do verdadeiro papel da doença. Outra questão importante é o papel do mérito que cada um possui e da doação integral que depositamos sobre o assistido, objetivando sua cura.
Quando a mulher hemorrágica (Marcos, 5: 25 a 34) compreendeu que ela poderia se curar, após doze anos de intensa polimenorréia e anemia, simplesmente tocando a túnica do Mestre Jesus. Ela rompeu a multidão e foi até ele, curou-se, ou melhor; salvou-se, pois acreditou que aquilo seria possível. Buscou a cura ou a salvação, rompeu barreiras para conquistá-la, moveu-se, desbravou, seguiu determinada o seu objetivo e o alcançou.
Jesus ao convocar seus discípulos para curarem os enfermos, ressuscitarem os mortos, limparem os leprosos (Mateus 10:78; Lucas 9:1), mostrou-lhes que movidos pelo amor ao próximo e o desejo de fazer o bem, poderiam ser instrumentos benéficos neste processo. Ele que percorria todas as cidades e aldeias ensinado sobre a cura e demonstrando que ela podia ocorrer. Mostrou a todos o poder do amor incondicional e que todo aquele que o desejar pode ser um instrumento, promovendo a salvação como conseqüência maior do processo.
A cura, no entanto, não depende exclusivamente do instrumento e sim da vontade do doente em entregar-se a sua luta, rompendo todos os obstáculos até chegar à túnica, ao instrumento, ao Salvador, ao Mestre. Nenhum dos curados pelo Rabi e seus apóstolos ficaram a esperar simplesmente que o milagre ocorresse, até porque, fundamentados na fé raciocinada, sabemos que os milagres não acontecem. Todos os doentes de alguma forma movimentaram-se e este movimento não pressupôs necessariamente um processo físico, sobretudo, implicou em agitação íntima, de ir ao encontro, de sair da condição de inércia e modificar-se.
Curar-se, portanto, pressupõe trabalho, mudança de foco, caminhada árdua. Não há dúvida de que se os milagres fossem possíveis, o Mestre Nazareno, movido por seu grande amor por todos nós, nos curaria a todos. Contudo, este não é o mecanismo. A cura depende de nós, não do desejo de Deus ou do Doce Rabi. Depende do nosso trabalho, da nossa dedicação, de nossa fé e obviamente da permissão do mais alto. Não importa se nosso corpo está debilitado e ferido, o que verdadeiramente tem significado, é quão salutar é a importância da chaga que fere as entranhas para o fortalecimento do espírito. A cura depende disso, rompamos a multidão e toquemos na túnica abençoada, adentremos pelos telhados, sigamos firmes, determinados, buscando o verdadeiro instrumento capaz de sanar nossas úlceras. A cura, portanto, está sujeita ao movimento íntimo, a iniciativa de ir ao seu encontro, abraçando-a, reconquistando-a, tomando para si, aquilo que perdemos ao deixarmos a morada onde éramos saudáveis; a casa do Pai.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Homem, anjo de asas partidas
Envolto pelo agradável som das ondas quebrando nas rochas. Deixou-se levar pela música do momento, viu-se só, porém não se sentiu só. Uma tela abriu-se diante de seus olhos. Viu suas asas partidas nos primórdios do tempo não permitindo mais vôos distantes. Teria que caminhar, voltando no tempo de sua história primitiva. Deixou o majestoso aconchego do berço paternal, deixou-se arrebatar por sua liberdade, por seu livre arbítrio de decidir. E decidiu; trilhou caminhos tortuosos, deixou-se levar pelo mal, pelo egoísmo, por más tendências de um filho pródigo deveras ingrato, muito antes fosse na verdade uma criança ainda. Viu todo um Universo relativo ser criado para que pudesse crescer reconhecendo-se em seus erros, sobretudo, aprendendo com eles. Viu-se preso nos laços do tempo, nascendo, crescendo, morrendo e renascendo. Questionou tantas vezes sobre o sofrimento, mas tantas vezes fizera sofrer. Questionou os céus, o Criador, vendo seus filhos morrerem, no entanto, quantos outros também não matou?
No vai e vem das ondas, a lua iluminando as pequenas borbulhas refletidas no ar, viu-se ali, pequeno; pequeno. Tentou abrir a portas trancafiadas de sua mente, buscando encontrar-se, procurando as chaves, procurando o segredo, em vão. Tão pequeno, estava só, porém, não se sentia só. Uma mão acariciava sua face, tocando sua mente, tocando sua alma caída. Anjo de asas partidas, legado a masmorra de pensamentos confusos. Lágrimas sufocaram-lhe, embargando-lhe a voz, percebendo que sua liberdade, não passava de uma prisão. Seu verdugo movido pelo orgulho e egoísmo tratou de arrebatar-lhe a fé. Viu-se no centro de tudo. Tendo como criador a sua imagem e semelhança. Foi banido, não uma vez, porém algumas centenas de vezes. Pois, cria-se maior que o soberano. Apedrejou, aviltou, transgrediu, jamais se dando por vencido. Da caça se fez caçador, apedrejou e cumprindo-se a Lei, foi também apedrejado. Quantas vezes foi tocado por algo maior, não sabendo explicar? Quantas vezes viu pegadas demarcando-lhe a jornada, contudo não as seguiu. Teve em sua proximidade um exemplo maior, porém não se permitiu enxergar. E novamente seguiu como algoz de si mesmo. Mantendo-se cego, desperto na escuridão.
Mil anos de tortura queimando-lhe a alma enlanguescida. Sua Terra já não era mais o centro, assim como ele não estava mais no centro de nada. Tão pouco seu Sol, e uma galáxia inteira. Sua fé fora forjada no terror, nos propósitos dos homens maiores do que Deus. Viu queimarem-se páginas e pessoas vivas, muitas vezes atiçando-lhes a primeira chama. Mas pequeno ainda era, pois ainda tinha que se arrastar em meio a corpos e dores. Pudera vislumbrar as estrelas além das cúpulas de sua crença falida.
Ondas tocavam-lhe os pés cansados. Deixando-se dominar por aquele balouçar das águas, na música a sublimar os melhores pensamentos. Permitiu-se tocar sem medo, permitiu-se ser guiado. Não havia mais sentido folhar páginas tão tristes, o esquecimento tinha um sentido maior, remédio salutar para sua alma. Importante era seguir adiante dos próprios passos, buscando arrebanhar o que havia de melhor. Percebendo então todo o educandário de sua dor, As vendas caiam de seus olhos e a luz outrora turvada pela sua consciência mostrava-se suntuosa. Via todo um horizonte além de seu Universo limitado. Sentiu-se presente no amor, amparado por ele. Levantou-se, pois não podia ficar mais parado, deveria seguir aquela trilha, antes das ondas às apagarem, Seguiu a luz, saindo da escuridão. Sentiu-se tomado pelo amor, acalentado pelo amor, fortalecido pelo amor. Adiante uma multidão dirigiu-se a ele saturados pelo reconhecimento do amor e perdão. Não podendo conter-se; chorou, chorou como uma criança sedenta por leite. Abraçou e deixou-se abraçar, por todos os perseguidos, por todos os perseguidores, por todos os irmãos de sua única irmandade. Desfazia-se diante dele o tempo, o espaço, e o medo de estar definitivamente só.
Gallieus Injo
Vulgo Jefferson
Belo Horizonte, 31/01/2008